USTSF/2011
Antes da partida - Homenagem a Salvio Nora...
Realizou-se no passado domingo a 6ª. Edição "ULTRA TRAIL SERRA DA FREITA", na distância de 70 km, com um desnível positivo de 4.500 m e tem a sua hora de início às 04:30 com partida e chegada no parque de campismo do Merujal... O Famoso Alpinista João Garcia é o embaixador e também participante no Ultra Trail.
João Garcia - alpinista e trailer
Com cerca de 150 atletas inscritos, inicialmente, terminaram a prova 137 dentro do limite de tempo as 17:30.
Dado o sinal de partida... início do 70 km...
- Participei pela 1ª. vez, nesta que é a rainha das ultras em Portugal, e ia com um bocado de receio, não só pela distância, dificuldades do percurso mas também pelos relatos de alguns amigos que já tinham participado em edições anteriores...
parte inicial do percurso feito à noite, gostei muito, depois foi amanhecendo e passado uma hora já o dia ia nascendo e com ele alguma claridade da manhã...
Ver nascer o dia em plena Serra da Freita é assim... algo de extraordinário, pelas paisagens, pelo silêncio, até esquecemos que existe confusão nas cidades e da crise..., por volta dos 15 km fomos ao longo do ribeiro, onde tivemos que tomar banho...
Primeiro abastecimento 20 Km, já haviam passado 2 horas, mais ou menos o que tinha planeado, depois do abastecimento mais uma corrida para alcançar o 2º. abastecimento e verificação de material, 40 Km, aí já não vi o tempo efectuado, o cronometro tinha parado... ainda com algum fôlego, aqui já na companhia de um companheiro, desde a zona das antenas heolicas,
lá em cima estava nevoeiro e frio, nas descidas começaram a aparecer os primeiros toques nos joelhos e coxas, mas lá fui, 3º. abastecimento ao km 50, encher o camel bag de água e comer qualquer coisa, ainda na companhia do José Ramos e lá fomos nós procurar o próximo abastecimento aos 60 Km...
Aqui já estava a doer...
até aí tudo mais ou menos, já para menos do que para mais, mais líquidos e uma canja, morna, e toca a andar que não se pode perder muito tempo... foi a partir daí que apareceram as dificuldades, cãibras, dores nos músculos, joelhos e pés, as subidas começaram a ser maiores, acho que essa, antes do abastecimento dos 65 km, subia-a e, alguns sítios com os 4 pés no chão, para mim foi a pior parte da corrida, onde senti mais dificuldades, o companheiro foi para a frente e eu lá fui, conforme conseguia... Último abastecimento, km 65, animaram-me, ao dizerem a classificação em que ia 9º.lugar, para mim nada mau, para quem anda nisto de trails há cerca de um ano... até está muito bom e lá fui tentando correr o que podia e onde podia... descida ao rio, nunca imaginei que uma descida tivesse tanta dificuldade, se a descida já era difícil, agora temos que a subir na outra margem, imaginem só...
Frecha da Mizarela...
lá consegui e nesse percurso fui passado por outro trailer, chegado ao cimo faltava cerca d 1.500 m até à meta... consegui chegar ao fim, que para mim foi uma grande vitória, com o tempo de 10h59m29s, na 10ª. posição da geral... cheguei todo roto... mas valeu a pena e para o ano se Deus me deixar lá estarei de novo...
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a minha chegada à meta... vê-se bem o sofrimento e a satisfação de chegar ao fim...
Nem sequer consegui parar para a entrevista...
Os vencedores foram: Homens Nuno Silva e Pedro Marques, ambos com o tempo de 08h45m25s e nas Senhoras a grande vencedora Glória Serrazina, com o tempo de 11h59m09s...
Parabens aos vencedores...
Pelas 10:00 dá-se início à corrida da Freita na distância de 17 Km e à caminhada 8 km.
Provas estas organizadas em parceria entre a Confraria Trotamontes e o Grupo desportivo 4 Caminhos...
"A serra da Freita faz parte do maciço da Serra da Gralheira, juntamente com a serra da Arada e do Arestal. É uma região de grandes contrastes, de relevo áspero e imponente. Ao austero planalto, onde só florescem os matos rasteiro,
contrapõem-se os profundos vales encaixados, atapetados de espesso arvoredo, por entre o qual correm rios rebeldes e tumultuosos. Só é pena os incêndios que vão queimando toda a vegetação e algumas, poucas, árvores, deixando tudo com um aspecto de cemitério... " Temos que ser nós a preservar estes locais e não a destrui -los...
As pequenas aldeias que salpicam a serra, ora se escondem nos recônditos das rugas da montanha, ora se empoleiram a meia encosta, em airosos anfiteatros rodeados de socalcos laboriosamente talhados ao longo dos tempos. O casario de pedra confunde-se com o próprio monte, num perfeito mimetismo que a construção em pedra lhes dá.
Apenas algumas casas pontuam pela diferença, destacando-se pela cor berrante das paredes ou por ostentarem uma arquitectura desajustada, fruto de novos tempos e gostos de outras paragens. ..
Veja aqui as:
Classificações
e aqui veja algumas
fotos e vídeos
