domingo, 22 de fevereiro de 2015

Santo Tyrso Ultra Trail

- Foi no passado domingo, 15 de fevereiro, que se realizou a I Edição do Stut, Santo Tyrso Ultra Trail, na distância de 48 kms D+2000m e a STT – Santo Tyrso Trail, de 21kms, D+800m, ambas de carater competitivo, organizadas pelo NAST – Núcleo Associativo de Santo Tirso em parceria com a Câmara Municipal, percorrendo montanhas de Santo Tirso e Paços de Ferreira, num percurso circular, com horas de partida diferentes, às 08H30 e 09H30.
- Primeiro controlo, antes de entrar na zona de partida, verificação do material obrigatório e ativação de chip. Pequeno briefing, por parte da organização, a alertar para eventuais perigos que poderiam surgir ao longo do percurso, tais como, zonas escorregadias, atenção aos calhaus e às fitas de marcação, para ninguém se perder.

- E pelas 08:36, chegou a hora, contagem decrescente, do cinco até ao zero. Assim foi dada a partida, para mais uma aventura, em terras do norte, para os cerca de 170 participantes.
- Tal como foi dito pela organização, os primeiros kms, cerca de 4 a 5 kms, pelo interior da vila, pelotão compacto, como nos foi pedido, guiados por elementos da polícia municipal, até que entramos numa zona ribeirinha e seguimos o passadiço ali existente, que nos levou até à entrada da serra…

- Daqui e até ao km 19, onde estava localizado o 2º. Abastecimento, foi sempre a subir, ligeiramente, até atingirmos o ponto mais alto a 550 m de altitude, por estradões, trilhos (alguns muito técnicos) e muita pedra. Com direito a passagem junto ao Cristo Rei do Monte do Pilar…
- Entre este abastecimento e o 3º. aos 27 kms, junto a uma capela, passagem pela Citânia de Sanfins, uma das mais importantes zonas arqueológicas da civilização castreja (castro) na Península Ibérica.
- Não me recordo bem dos locais por onde passei, no entanto, vou tentar descrever alguns, à medida que me vou lembrando, tais como aquela descida nas rochas com a ajuda das cordas, que nos avisavam para termos cuidado e realmente, tínhamos mesmo que ter, senão estragávamos o bronzeado, ou como estávamos em época de Carnaval, arranjávamos uma mascara nova.
Mas correu tudo bem, lembro-me também que estava muito frio, nevoeiro e chuva.

Portanto tinha que continuar para não arrefecer, sempre com pessoas da organização a dar apoio ao longo de quase todo o percurso, ou fotógrafos por perto.

À…, também uma lagoa com a água muito azul…
-Antes do 4º. abastecimento ao km 35, junto ao rio Leça, houve alguém que me avisou, “cuidado com a descida para o rio, é muito perigosa”. Realmente era preciso mesmo muito cuidado, descida perigosa, pela encosta da serra em direção ao rio. Descer mesmo sem querermos, tinha que me agarrar às arvores e pedras para travar um pouco ou então só parava lá em baixo.
- Passagem pelo abastecimento, onde estava instalado um posto de controlo, com chip e a partir daqui, se já tínhamos passado por zonas muito bonitas e bons trilhos, daqui para a frente ainda foi melhor. Nesta zona “senti um cheirinho aos Abutres” junto à margem do rio, aquele trilho, as pedras, as quedas de água, aquelas subidas (com a ajuda da corda), as “Cascatas de Fervança”, - lugar pitoresco localizado junto ao Carvalhal de Valinhas e no Monte Padrão… Foi dos locais que mais gostei.
Foto de Vales errantes...

E assim foi ficando para trás toda esta zona de grande beleza para entrarmos numa outra, Monte da Assunção. Parecia a “floresta encantada”, mas até lá tínhamos pela frente mais um desafio, subir até à Capela da Nossa Senhora da Assunção. Nesta altura e já com 40 kms nas pernas, ainda faltavam mais 2 kms a subir. Assim foi, passagem pelo último abastecimento. Continuar que já estava quase e por acaso até era a descer, custa menos. 

Progredir no interior da floresta, descer os degraus das escadas e voltar por um trilho e tornar a subir novamente. Passagem por mais uma zona arqueológica, junto a um repuxo, subir mais um pouco por uns degraus e entrar no estradão, por fim, uma pequena descida, single track, por entre eucaliptos e estava no interior da vila, aproxima-se então, a tão desejada meta, mais umas voltinhas e uma pequena rampa, já mesmo a chegar, passagem por um primeiro pórtico e mais 30m estava a corta a meta, com o cronometro a marcar 05.06’.13’’.

-Foram 48kms, com excelentes trilhos.



Objetivos alcançados, um conseguir terminar, outro não alcançado, não consegui fazer abaixo das 5horas, mas fiz o meu melhor, quem me conhece sabe que dou sempre o meu melhor, em tudo…8º. da geral e 1º. dos veteranos…

- A Minha Paixão também conseguiu terminar, com o tempo de 06.53’57’’, tendo ficado em 5º. da geral das senhoras e no escalão F/45 – 1ª. Parabéns… Pelo esforço e vontade.
Os vencedores foram:

Masculinos - Nuno Silva, com 04.10’.33’’, David Quelhas, com 04.14’.32’’ e David Fernandes com 04.23’.09’’

Femininas – Ester Alves, com 05.07’.43, Ana Gonçalves, com 05’.58.07’’ e Isabel Almeida, com 06.45’.36’’.
Veja aqui as classificações

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Território Circuito Centro- II Etapa

II ETAPA – VILA VELHA DE RODÃO 

- Vila Velha de Ródão - Vila portuguesa raiana no distrito de Castelo Branco, região Centro e Sub região da Beira Interior Sul, com cerca de 1700 habitantes…
- Foi aqui que se realizou no passado dia 7 de fevereiro, a II Etapa do Território Circuito Centro. Organização a cargo da Empresa Horizontes no Pinhal, Actividades Turístico Desportivas Lda, em estreita colaboração com a Câmara municipal local.

- Como habitualmente, duas provas competitivas nas distâncias de 49 km UT (ultra Trail, com D+ 2060) e 27 km TC (trail curto) ambas a pontuarem para o prémio final do Circuito - total de 4 provas.

Secretariado montado numa zona de jardim, dentro duma tenda, junto à rua Comendador João Martins. Também aqui se encontrava instalada o local da partida e chegada (meta), das duas provas. 
Pelas 08H45, e devido ao frio, foi feito um pequeno briefing, no interior da tenda, onde fomos alertados, para os perigos que poderiam surgir ao longo do percurso. Tais como, ribanceiras, pedras escorregadias e fitas de outras cores. Somente seguir as fitas laranjas e as marcações com tinta vermelha no chão.
À hora prevista, 09H00, foi dado o sinal de partida. Os cerca de 250 atletas, seguiram o guia, por ruas do interior da vila até à saída desta. A partir daqui ficamos, todos nós, por nossa conta.

- Entramos em zona rural, por estradão e single-tracks e lá fomos progredindo na envolvente da serra das Talhadas, com passagem por sítios emblemáticos do concelho. Tostão, onde estava instalado o 1º abastecimento, seguindo-se depois para uma das zonas mais bonitas do percurso, a descida em direção a uma ribeira por um trilho técnico, junto à mesma. Muita geada no chão, o que tornava o piso escorregadio.
Passagem pelo 2º abastecimento, em Foz do Cobrão ao km 20, e sem necessidade de parar e perder tempo (porque este é coisa escassa e ainda havia cerca de 30 kms para fazer), lá fui indo, o que as pernas me deixavam. Progressão lenta por trilhos, sem grandes subidas até ao 25 kms. A partir daqui foi subir, uma encosta da serra. 



Chegado ao cimo, encontramos uma espécie de pista de atletismo, numa distância aproximada de 3kms. Foi sempre a rolar em bom ritmo. Terminada esta, mais uma pequena subida, seguida de descida, atravessar uma estrada de alcatrão e uma ponte. Novamente estradão que nos levaria até ao 3º abastecimento (líquidos) ao km 33.

- Seguir em estradão e entrada em zona de mata, sempre a subir até atingirmos o ponto mais elevado do percurso km 35 a 36, para depois se apanhar asfalto, sempre a descer, grande desida, até se entrar em Vila Ruivas, onde se situava o 4º abastecimento (km 40).

Havia que continuar, pois só já faltavam 9 kms e se tudo corresse bem faltaria menos de uma hora.

Mais uma subida com direito a uma voltinha ao redor dum pequeno castelo (peço desculpa não saber o nome).
A partir daqui, aproximava-se o local de chegada, o que me deu mais forças para continuar. Independentemente de vir todo roto, ou sem forças, nestas alturas há sempre uma reserva que dá até ao fim e assim foi…

Objetivo atingido, terminar.

Após uma semana da prova dos abutres e ainda a recarregar baterias, dei o meu melhor. Aliás, é sempre este, o meu lema.

Concluí os 48.900m com o tempo de 04.47’.38’’, tendo-me classificado em 5º lugar da geral…
- Em relação à Antonieta, desta vez não correu tão bem como o desejado, teve que desistir aos 33 kms, devido a… desarranjos... Acontece aos melhores.
Os grandes vencedores foram: Rui Luz e Luís Mota com os tempos de 04.18’.01’’ e 04.18’.33’’ e em 3º. Stefan Pequito, 04.23’.52’’.
Nas senhoras as vencedoras foram: Isabel Moleiro, seguida de Carla André e Sónia Túbal, com os tempos, 05.37’, 05.47’ e 05.49’.
Em relação ao trail curto os grandes vencedores foram:

- Nas senhoras: Anabela Duque, do ACS Mamede, Elisabete Vieira e Tucha Negri, com os tempos de 02.51’, 02.57’09’’ e 02.57’.23’’.

- Nos Masculinos: outro grande atleta do ACS Mamede, António Silvino, 02.19’, seguido de João Plácido e de Guilherme Neto, com os tempos de 02.24’ e 02.25’.

Para todos os vencedores e todos os que participaram, Parabéns…

Parabéns à organização Horizontes, pelo percurso escolhido e pelo trabalho feito na abertura dos trilhos. Marcações, do melhor, abastecimentos e apoio durante a prova, muito bons.
Resultados podem ser consultados aqui...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

V Trilhos dos Abutres...2015



- Foi no passado sábado, dia 31 de janeiro, no “Ninho dos Abutres” em Miranda do Corvo, que se realizou, a V Edição dos Trilhos dosAbutres, composto por quatro provas. Ultra Trilhos, na distância de 50km e D+ de 2300, os Trilhos 25km e D*1300 e ainda a Caminhada Vila Nova “A Mirar o Concelho” 12km.
- No dia 1 de Fevereiro, domingo, pelas 10:00, realizaram-se os Trilhos Júnior "José Godinho", na Quinta da Paiva, dos 6 aos 17 anos, distâncias definidas em função da idade.
- Organização a cargo da Ass. Abutrica e dos Abutres Running Team, com o apoio dos Bombeiros Voluntários, da Câmara Municipal, das Juntas de Freguesias de Miranda do Corvo e Vila Nova, do Parque Biológico e dos Caminheiros do Espinho…
- Chegado ao pavilhão municipal, na companhia da minha paixão, por volta das 07H00, onde estava instalado o secretariado, dirigi-me ao mesmo a fim de levantar os dorsais e chips, quando fomos informado de que a prova tinha sido adiada em 2 horas, só às 10H00 é que iria ser dada a partida, tendo sido surpreendido com tal facto, questionei o porquê, ao qual me responderam, por segurança dos atletas, em virtude do percurso estar muito perigoso, os ribeiros e as linhas de água, levarem muita água e estamos a analisar o percurso…
- E assim foi, regresso ao carro, tentar descansar e por volta das 09H20, dirigi-me de novo ao pavilhão, mas desta vez, já equipado e com o material obrigatório na mão, para facilitar os elementos da organização que procedem à sua verificação e para evitar demoras na fila, às vezes causa atrasos aos outros, feito o controle foi aguardar até que chegasse o então muito esperado, sinal sonoro da partida.
- À hora prevista, partimos cerca de 580 aventureiros, em busca de glória e aventura, esta foi a minha quarta participação, nenhuma foi igual, em percurso e distância, mas em comum, todas tiveram muita dureza, água, lama e frio e esta não fugiu à regra, trail dos mais duros que se fazem por cá…  
 - Uma volta por dentro da localidade, passagem em frente à câmara e subir até ao Cristo Rei, para se descer pelas escadas e a cerca de 3km, estava o primeiro controlo do chip, seguimos junto a uma ribeira, atravessamos numa ponte de madeira, muito escorregadia que nos levaria para os trilhos, alguns troços bem conhecidos, das edições anteriores, ou mesmo da Utax, onde não faltava a água e a lama, que nos acompanharam até ao km 48, passagem no 1º. abastecimento aos 14kms, em Vila Nova, repor alguma energia e seguir, pois o caminho adivinhava-se que iria ser muito pesado e de difícil progressão, ainda para ajudar mais a diversão aos 18 kms, era meio dia, começou a chover, granizo, saraiva ou como se diz na minha terra, água de pedra e entravam entre a roupa e o pescoço, acompanhada de trovões e assim tive companhia até ao 2º. Abastecimento, km 22, nas Mestrinhas, 
 



num dos pontos mais altos, foi uma passagem rápida, para se continuar a subir, até aos cerca de 900 m de altitude, o frio nessa altura já era muito, os pés e as mãos geladas, muito nevoeiro, chuva tocada a vento, vento forte, as eólicas não se viam, são enormes, só se ouvia o ruído das hélices, lá no cimo estão duas pessoas à espera de algum familiar ou amigo que aí vem, é preciso coragem, depois da subida vem a descida, como se diz, foram cerca de 5 kms a descer até ao 3º. Abastecimento, Capela da Srª. da Piedade, ao km 29, ... aqui já estava mais de metade feita, mais um PC, foi aqui que foram barrados cerca de 50% do pessoal, devido ao tempo limite de passagem 05H30, algumas pessoas a aplaudirem, incentivarem quem ia passando, cito aqui alguns amigos, Herculano Pereira, Aníbal Godinho, Vitorino Coragem e entre outros, o meu obrigado pelo carinho e apoio que me deram.
Saída do abastecimento, sem perder muito tempo, só o necessário e seguir viagem porque se aproximava mais um trilho muito técnico, escadarias e uma subida por entre rochas e é preciso forças, essas que me vão começando a faltar, aparecem as primeiras dores nos pés e joelhos, isto do frio dá cabo de mim e acende-me as minhas artroses, começa a ser difícil, principalmente a descer, o que eu mais gosto de fazer.
 

... mas descidas agora só depois  de subir até ao Centro de BTT, bem lá no alto, o ponto mais alto da prova, até lá tanto frio que eu passei, todo gelado e assim foram mais uns quantos kms a subir, chegado ao 4º. Abastecimento, ao km 35, beber um pouco de coca- cola e toca a correr por aí abaixo, furar o nevoeiro, entrou-se num trilho espetacular, recordo-me dele do ano passado, numa zona de pinheiros, com muita caruma no chão o que tornava o piso fofinho, ai sim podia-se correr, para quem ainda tivesse pernas, o tempo ia passando os kms teimavam em não passar e começa-se a pensar no banho quente, em estar quentinho, mas ainda faltava muita coisa.
 PC ao km 39 em Gondramaz, aqui era mesmo obrigatório passar junto da zona de abastecimento, dava-se uma voltinha e cortava-se à direita, para iniciar uma descida, que nos iria levar até quase à meta, mas ainda faltavam uns 10 kms, zona ribeirinha, muita água, pontes de madeira, troncos, passar para lá, para cá, dum lado e doutro das margens, cascatas, quedas de água, sempre bem acompanhados pela água e os pezinhos sempre lavados, é uma das características desta prova, é difícil descrever tantos locais e momentos que nos marcaram…
Chegado ao último abastecimento em Espinho ao km 44, abastecimento no interior de uma casa, foi passar ao lado e seguir, para tentar terminar, só já faltava a levada que nos levaria de volta a Miranda, mas até lá, muita lama iria correr e nós a andar, não dava mesmo para correr, ainda era de dia, mas não ia arriscar, sempre que dávamos um passo nunca sabíamos se nos iríamos enterrar, pelo tornozelo, pelo joelho ou mesmo até à cintura, todas estas aconteceram, lama muita lama, mais parecíamos uns porcos no lameiro, mas não deixa de ter a sua graça e é disto que nós gostamos…Cada um dizia aquilo que lhe vinha à cabeça, os elementos da organização, deviam estar com as orelhas bem vermelhas… de muitos elogios…
Entrada na ponte pedonal, faltam cerca de 2 kms, pelas ruas e pista de ciclovia e lá se avistou a última subida, aquela que se sobe de gatas...E assim foi, ainda tentei mas escorregava bastante, e se terminou mais uma aventura, das difíceis, e bem difíceis, este ano com o pior registo de sempre em quase uma hora, com o tempo de 06.45', classificação 43º. da geral… 2º. do escalão, onde o vencedor do escalão foi um miúdo de 50 anos que só ficou em 3º. da classificação geral, Vítor Cordeiro, para ele, especialmente os meus parabéns…

 - A Antonieta também conseguiu terminar com o tempo de 08.52, classificação geral 237 e 10ª. das senhoras e 1ª. do escalão F/45.
Os grandes vencedores foram:
Ultra Trail:
Masculinos - Ricardo Silva (EDV-Viana Trail) com o tempo de 05:07, seguido de Nuno Silva (Desnível Positivo), com 05:09 e Vitor Cordeiro (AC Portalegre) que fez o tempo de 05:26.
Femininos - Ester Alves (Salomon-Suunto) com 06:28, seguida de Sofia Roquette, com 06:41 e Cláudia Carreira com 07:25, ambas do Offtel Runners.
Trail:
Femininos - Patrícia Carreira (Offtel Runners) com 03:04
Masculinos - Luis Fernandes (Luden Machico) com 02:35
Deixo aqui os parabens à organização Abutrica, que tudo fez para que nós nos divertissemos e nada nos acontecesse de mal.
veja aqui as resultados