quinta-feira, 7 de julho de 2016

TRAIL RUNNING – ESCARPAS DA MACEIRA



 
Terminada a prova do dia anterior, EGT, tomar um banho e arrancar, porque se fazia tarde e na manhã seguinte, às 08H00, tinha que estar em Maceira – Torres Vedras, a fim de participar e acompanhar, se fosse capaz a madrinha, desta prova, Maria Antonieta.
E assim foi, uma direta de Manteigas até Maceira, cheguei ao destino às 2 horas da manhã, deu para descansar um pouco e à hora planeada, lá estávamos para dar o nosso melhor, neste trail de curta distância, 20 kms,  mas de um grau médio de dificuldade… e que dificuldades…
Organização a cargo da Associação Vaklouro, com o apoiodo Centro Social Recreativo e cultural da Maceira e a As. RSC de Toledo, com o apoio da Câmara Municipal de Torres Vedras, União de juntas de freguesia A-dos-Cunhados e Águas do Vimeiro.
Secretariado instalado no edífio do Futuro Centro de dia da Maceira, e no largo junto à empresa águas do Vimeiro, está a instalada a meta, local de partidas e chegas, a prova tem a duração máxima de 5 horas e dois abastecimentos, aos kms 7 e 13.
E pelas 09H00, foi dado o sinal de partida, para os cerca de 130 corajosos, que não quiseram passar a manhã na cama e vieram desfrutar de uma manhã muito bem passada, com direito a correr ou a andar, conforme o caso, por locais muito bonitos e em companhia de bons amigos e conhecidos, zona que me era desconhecida e gostei muito, assim como também gostei do evento.



Percurso feito por trilhos, veredas e estradões, num constante sobe e desce, o chamado arrebenta pernas, passagem pela zona do hotel, junto ao campo de golf, com uma vista para o mar, ainda apanhamos um pouco de areia em zona de praia e duas ou três subidas para serem feitas com tração às 4 rodas (patas), depois lá no alto, era correr em cima de pedras, bem alinhadas e viradas para cima, aqui era preciso muita atenção para não se torcer os pés.
Passagem por uma gruta, ainda houve alguém que a queria deitar a baixo com a cabeça, por uma cascata e um rio para lavar os pés, descidas muito perigosas, com a ajuda das cordas e foi assim… Gostei e pró ano se poder estrei de novo presente, mais a Madrinha.
 Abastecimento final, como poucos, onde havia de quase tudo para beber e comer, batata doce assada, uns bolos que eram uma delícia e sumo e coca cola.
Banho em balneários improvisados, mas com condições para o banho e depois um almoço, que foi só sentarmo-nos e esperar, em muito boa companhia e boa disposição…
Parabens à Organização em especial ao Amigo Carlos Alegre que nos proporcionou um dia muito bem passado. Obrigado...

terça-feira, 5 de julho de 2016

EGT - Estrela Grande Trail



Dias 20 a 22 de maio 2016, na Serra da Estrela… Manteigas
Provas do Evento:
EGT – Prova de 90 kms, corrida em montanha com um acumulado de 11.000m em plena serra da Estrela.
ET – Prova de 46kms, com um acumulado de 4.400m
E – Prova na distância de 26kms, com 3.000m de desnível acumulado e ainda uma caminhada.
Estrela Grande Trail – 90k
- Foi nesta em que participei, a minha primeira, no coração da lindíssima Serra da Estrela, não se pode dizer que tenha sido fácil, antes pelo contrário, bastante exigente, com grandes subidas e descidas, mas toda aquela beleza paisagística envolvente, compensa o nosso esforço e sofrimento.
Secretariado e todo o resto da logística, solo duro e banhos, ficou junto à Câmara Municipal de Manteigas, local onde estava instalada a meta, partidas e chegadas das provas.
Cheguei pelas 22h00 a fim de ainda conseguir levantar o kit, com o dorsal e chip e descansar um pouco até cerca das 05:00, isto se me deixassem descansar, houve pessoal a levantar-se às 3 horas da manhã, para fazer não sei o quê, a partida era às 6h.
Depressa chegaram as 5horas, levantar, ir ao WC e regresso ao quarto, comer qualquer coisa e acabar de equipar, verificar de novo o material obrigatório, para não faltar nada e ganhar coragem para os kms que aí vêm… e saltar para a zona do controlo, já lá se encontravam, aqueles mais madrugadores e outros que iam aparecendo, tudo gente com o gosto em comum, de correr pela natureza e sofrer e para isto tudo pagamos…
- Aqui quase na hora da partida na companhia de amigos e colegas de equipa, Caracol Trail Team, João Martins e Pedro Crispim, prontos para mais este grande desafio…
Pouco antes da partida, algumas palavras do organizador do evento, o grande atleta, Armando Teixeira.
Pelas 06:00, foi dado o sinal departida, para esta grande aventura, para ser feita devagar e com calma.
Quase quase a ser dado o sinal de partida...
Percurso dividido por 9 etapas, abastecimentos, o 1º. ao km 9.7, no Vale do Rossim, seguindo depois para a Garganta da Loriga, aos 21.6km, até aqui tudo bem, reconhecimento da área e apreciar a zona...




 seguindo num planalto, por veredas, feitos pelos animais que ali andam a pastar, com uma vegetação curta a acompanharmo-nos com passagem por uma zona estreita, greta, para alguns até de lado era difícil passar, seguimos a descer, por um estradão atá ao 3º. posto de controle, nos Bombeiros da Louriga, aqui tinha o apoio da minha Paixão, mas como a nossa experiência, nestas andanças é pouca, a ajuda dela foi nula ou quase, más é sempre bom ter alguém a apoiar-nos…Obrigado.
 Saída do quartel dos bombeiros, para mais uma etapa esta um pouco mais curta, 7.5km, por estradão até ao Alvoco, tendo tido uma parte do percurso, a companhia por alguns tempo da vencedora feminina da prova, neste posto, Alvoco, tínhamos um reforço suplementar, pois a seguir vinha aí um grande desafio e havia que ser superado, subida até à Torre, ponto mais alto da Serra…
Saí de Alvoco com grande vontade e determinação de fazer esta subida, pois já tinha ouvido falar desta subida até à Torre, em conversa com amigos que já tinham feito provas neste local ou tinham feito treinos e posts no face… Agora já conheço e gostei, durante estes kms, tive calor, frio, apanhei sol e depois nevoeiro e uma grande canseira…  É mesmo difícil de subir… Espero voltar em breve, em prova ou em treino…
Abastecimento na Torre, onde estava a minha Paixão há minha espera, tendo a companhia por breves momentos…
 Controlo de material ...
Não pode ficar muito tempo, tinha mais uma etapa de 10kms e lá fui eu, uma das partes mais divertida da prova, logo à saída da Torre e ao início da descida, neve, correr em cima da neve, que frio nos pés, ficavam atolados, mas engraçado, esta parte do percurso foi das que me custou mais, a descer é sempre complicado e cada vez me custa mais…

 Obrigado ao fotografo Miro.
Só quero subidas para descansar, engano o meu, nem andar consigo, as forças vão faltando e nunca mais chega o abastecimento, este  em Poios Brancos, ao km 53…Como não gosto de estar muito tempo nos abastecimentos, comi qualquer coisa e pus-me de novo a caminho, percurso feito maioritariamente por estradão, ia dando para correr um pouco… com o passar dos kms menos se corria… assim e acompanhado de uns bichos voadores irritantes, moscas que teimavam em não me largar lá fui indo e cheguei ao próximo abastecimento em Poço do Inferno ao km 60, só já faltavam 30… Os mais difíceis…
Aqui já com a cabeça em baixo...Muito cansado.
Próximo abastecimento aos 70kms, até lá, não foi nada fácil chegar, feito de novo ao longo de um estradão, com muitas moscas a acompanharem-me, pareciam os abutres, quando sentem que uma pessoa está fraca, não nos largam… insectos irritantes, foi assim ao longo de vários kms, até que por fim cheguei ao abastecimento, onde pode comer uma canja e beber alguma doce, coca-cola, depois de descansar um pouco e com pouca força, lá fui para iniciar mais uma etapa a subir, neste abastecimento havia vários companheiros que desistiram… talvez onde abandonaram grande parte dos desistentes…
 Subir cerca de 7 a 8kms, dos 600m até aos 1250, de novo feito por estradão, tendo sido assim até ao fim, aqui na companhia de alguns amigos, mas por pouco tempo, iam com mais pressa que eu, só já queria terminar, subir a caminhar e a descer a passo, consegui chegar ao próximo abastecimento e pensava que as subidas já tinham terminado, engano o meu, surgem duas rampas, daquelas que nunca mais acabam, foi terminar uma e logo outra a seguir, minhas ricas pernas, lá em cima, bem no alto, começava a ficar nevoeiro e frio… a partir dos 83 e até ao fim, foi sempre ou quase sempre a descer, mas a meta nunca mais aparecia…Até que finalmente... 
Demorei o tempo de 13.44., classificado em 50 da geral e 3º. do escalão.
Consegui  terminar a minha prova grande após um ano ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica e com 3 meses de paragem…
Veja aqui os reultados.