Em 1916, Abrantes foi elevada à categoria de cidade e para comemorar os 100 anos da cidade, os Abrantinos promovem no dia 10 de dezembro uma corrida pelos trilhos das várias freguesias de Abrantes. O Trail 100/100, com 101 km e 3.000 m de desnível positivo, oferece 4 pontos para o mítico Ultra Trail do Mont Blanc.
O trail oferece 3 variantes, a solo ou por estafetas de 2 ou 4 elementos.
Para os aventureiros de solo, a partida será dada às 01H00 de Sábado, dia 10, do Tecnopolo Vale do Tejo, com um tempo limite de 24h para terminar esta aventura. Existem 10 postos de abastecimentos e controlo.
E depois de ler e reler o regulamento, lá fui eu até Abrantes, desta vez, para uma distância ultra, 100 kms, vamos ver até onde isto dava para ir.
Levantamento do dorsal, cumprimentar alguns amigos presentes e acabar de equipar e ganhar coragem para mais uma noitada fora de casa, que não se adivinhava nada fácil, provas de madrugada é sempre uma incógnica e eu falo por experiência própria, dá quase sempre para o torto, devido ao frio, vómitos e sem conseguir comer, mas mesmo assim lá estava eu às 01H00, na linha de partida.
Alguns amigos presentes na hora da partida a desejarem-nos boa sorte. Os grandes amigos e colegas, de equipa "Caracol Trail Team" Anibal Godinho e João Martins..
Lá fui na cauda do pelotão, pois havia muito tempo para se ir correndo, saída do Tecnopolo para seguirmos até ao Castelo de Abrantes, talvez a subida mais dificil, já a tinha feito há dois anos atrás, lá em cima e depois termos tomado de assalto o castelo, atravessamos a cidade, para depois entrarmos nas zonas rurais, muito bom apoio por parte da organização, com voluntários em todos os cruzamentos, para tudo correr bem e sem percalços ou acidentes.
Desta fez não tinha o apoio da minha paixão e como tal tinha que ser eu nos abastecimentos a fazer tudo...
Alguns amigos presentes na hora da partida a desejarem-nos boa sorte. Os grandes amigos e colegas, de equipa "Caracol Trail Team" Anibal Godinho e João Martins..
Lá fui na cauda do pelotão, pois havia muito tempo para se ir correndo, saída do Tecnopolo para seguirmos até ao Castelo de Abrantes, talvez a subida mais dificil, já a tinha feito há dois anos atrás, lá em cima e depois termos tomado de assalto o castelo, atravessamos a cidade, para depois entrarmos nas zonas rurais, muito bom apoio por parte da organização, com voluntários em todos os cruzamentos, para tudo correr bem e sem percalços ou acidentes.
Desta fez não tinha o apoio da minha paixão e como tal tinha que ser eu nos abastecimentos a fazer tudo...
1.º abastecimento aos 14 kms, Amoreira até aqui tudo bem, ainda era o início, comi um bocado de banana e continuar, na companhia dos amigos, Leitão, Monteiro e Paulo e lá fomos seguindo, como era de noite não dava para ver a paisagem e assim os kms lá iam passando.
2.º abastecimento, ao km 24, em Martinchel, para as estafetas era o primeiro percurso dos 4, pensava eu, um quarto já está, só faltam 75, pegar em mais um pedaço de banana e sem parar continuar, aqui já ia sozinho, excepto, alguns amigos da estafeta que iam passando ou que eu me ia juntando, percurso mais do mesmo, estradões e alcatrão.
3.º abastecimento, 30km em Carreira do Mato, aqui não parei, o próximo era já ali aos 38, aí juntei-me a um amigo da estafeta que me fez companhia até quase aos 48, onde era mais uma mudança de equipas, estava quase a meio, abasteci e segui para mais uns kms, é como digo, era de noite e não me consigo lembrar de quase nada por onde andei.
6-º abastecimento km 54, Matagozinha e depois em Codes aos 65kms, aqui já era de dia e a zona por onde andei também me era familiar, devido às rovas que já fiz naquela zona de Vila de Rei, passagem pelo Penedo Furado, aquelas cascatas, as escadas até lá acima e depois descer de novo até à praia fluvial, provavelmente uma das partes mais bonitas do percurso, aqui já com algumas subidas um pouco acentuadas e seguir até Entrevinhas, km 75 onde tinha o meu saco para a muda de roupa, teve que ser rápido o qb, pois não havia ninguém para nos ajudar, troquei de meias, sapatos e camisola, engoli uma sopa de legumes à pressa e continuei com esta empreitada, só já faltava um quarto e era de dia, se as dores dos joelhos que tanto me atormentaram, me deixassem de doer, conseguia fazer uma bela prova, mesmo com as dores a chatearem consegui terminar.
Depois da troca de sapatos, aqueles primeiros kms não foram fáceis, adaptação aos ténis que aos poucos consegui manter sempre o meu ritmo, devagar devagarinho e cheguei ao abastecimento em Mouriscas, ao km 84, abasteci de água e coca-cola como gosto, comi um pouco de bolo de mel e segui viagem, pois o próximo seria o último e estava a 11 kms, por mesmo tive que abastecer bem, por estradão e aos poucos lá iam passando os kms, os kms passavam as dores nos joelhos nem por isso, cada vez me custava mais, especialmente as descidas.
Último abastecimento e última parte do percurso, por alcatrão, onde há cerca de um mês atrás tinha passado na prova da meia maratona, por isso também aqui já era conhecida e aos poucos se ia aproximando a meta e não foi que finalmente apareceu...
Após 11.23, de grande sacrificio e dores nos joelhos e pés...
Parabens a mim e a todos os outros atletas que conseguiram concluir.
Após 11.23, de grande sacrificio e dores nos joelhos e pés...
Parabens a mim e a todos os outros atletas que conseguiram concluir.
Deixo aqui expresso os meus parabens à ORGANIZAÇÃO e a todos os que colaboraram para que o evento corresse bem.
Excelentes marcações e abastecimentos, onde não faltava nada do habitual, desde a fruta aos doces e bebidas
Depois no final tivemos, quem teve direito a sauna foi uma hora de recuperação em água quentinha, muito bom mesmo obrigado ao patrocionador que quase me convencia a comprar uma coisa daquelas cá para o quintal...
Veja aqui os resultados
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