sábado, 20 de fevereiro de 2016

Trail Serra do Branco

Realizou-se no passado dia 14, dia dos "Namorados" a I Edição do Trail Serra do Branco, em Colmeias e Memória - Leiria, nas distâncias de 30 e 18 kms, organização a cargo de um grupo de amigos também corredores, tendo como entidade promotora a União de Freguesias de Coleias e Memoria.
Secretariado instalado no Pavilhão Municipal, junto à zona de partidas e chegadas, onde foi feito o levantamento de dorsais, serviço de cafetaria, café e doces, banhos, almoço e entrega de prémios...

Inicio da prova... dos 30kms.
Prova simples, mas com tudo, para nos proporcionar 30 kms de alguma dureza, começando com uma volta pelo interior da povoação para depois entrarmos na zona rural por estradões e alguns trilhos.
- Tivemos direito a banho durante o percurso, a algumas escorregadelas e quedas, 
piso muito enlameado e escorregadio, fazendo-se sentir mais nas zonas das descidas, tínhamos que ter algum cuidado, para evitar cair e nas subidas, queríamos progredir e escorregávamos, zonas com alguma água, atravessamento de um ribeiro aos cerca dos 20km, levava alguma água e com uma boa corrente, um pouco perigoso, podia estar uma corda para nos ajudar em caso de cairmos ou entrar em pânico.
Ia eu ao km 14, quando começa a cair granizo, tocada a vento, com uma força, vai lá, vai, as pedras faziam doer ao baterem em cima de nós, entravam por entre a camisola e a pele na zona do pescoço, que gelo e frio e nada para me abrigar, até que entrei numa zona com alguma vegetação que deu para proteger, pelo menos do vento, as mãos geladas, já nem conseguia segurar a garrafa de água que levava... 
Resumindo, excelente prova com um bom percurso e com muito boas marcações e os abastecimentos, penso que também estavam bons, porque normalmente não paro e a respeito da organização excelente... Duma pequena prova fizeram um grande evento...
Parabens para eles e para quem apoiou durante a prova, nos locais dos abastecimentos, não deve ter sido fácil, devido ao muito frio e chuva que se fez sentir... Nós andamos a correr e ficamos gelados, eles parados pior.
Consegui terminar, com algumas dificuldades, como sempre, na parte inicial da prova e a sentir-me melhor depois dos 18kms, daí para a frente, foi só tentar manter o ritmo, curto, mas sempre a dar o meu melhor...
A minha chegada à meta...
Cheguei ao fim passado 02.55', ficando em 3º. da geral e em 2º. do escalão de veteranos + de 40 anos...
O pódio da geral, Luís Mota, Tony Maia e eu...
Os vencedores foram Luís Mota e Patrícia Carreira...
A minha Paixão ficou em casa.
Veja aqui os Resultados e as fotos
 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Trilho dos Abutres - 2016

"... e as festas do Trail Nacional continuam, pelo país fora, desta vez na zona centro, mais propriamente em Miranda do Corvo, que nos brindou com mais uma edição do trilho dos Abutres e já vai na sexta, tendo participado nas últimas cinco edições, faltei à primeira porque ainda não andava nestas andanças das corridas, nem sabia o que era isso..."
Foi no penúltimo dia de janeiro/2016 que se realizou  mais uma edição do Trilho dos Abutres, em Miranda do Corvo, com local de concentração, no edifício do mercado municipal, onde estava instalado toda a logística da prova, levantamento dos dorsais, posto de verificação de material, local de partida e de chegada...
Esta prova dispensa apresentações, visto ser a mais procurada  e concorrida, tal como relevam os factos, não é por acaso que após uma hora da abertura das inscrições, as mesmas esgotam... e porque será!...
Pelos excelentes percursos que a serra da Lousã proporciona e pelo grande empenho desta organização, Os Abutres, bem conhecida do pessoal do trail que está por trás deste grande evento, fazendo um excelente trabalho de ano para ano, sempre a melhorar...
E pelas 08:00 como previsto foi dado o sinal de partida para mais uma grande aventura,  esta Épica.
Inicio pelo interior da vila, seguindo-se em direcção ao Calvário e descendo pelas escadas da Igreja Matriz, para depois se entrar nos trilhos, fomos ainda contemplados com a passagem pelo Parque Biológico da Serra da Lousã, este ano em sentido inverso, aquele cheiro característico a bode... 
Alcançado o 1º. abastecimento em Vila Nova, no Centro de Estágio de Trail Running, agora era um pouco mais a doer, subir até às antenas, Parque Eólico de Vila Nova, com passagem pelas aldeias rurais, Giestal, Cardeal e Souravas, seguindo em direção ao Parque das Merendas das Mestrinhas, por trilhos de rara beleza em zona protegida.
 Do parque até ao próximo abastecimento, foram cerca de 4km a subir, até ao Observatório Astronómico e da Natureza, António dos Reis, local mais alto da prova.
Aqui, deste vez, também eu tinha uma pessoa muito importante à minha espera, a minha Paixão, não é habitual encontra-la nos abastecimentos a dar apoio, visto que também ela gosta destas aventuras... Mas desta vez ficou de fora por opção.
Como não podia ficar muito tempo com ela no abastecimento e o frio era muito, havia que continuar, desta vez a sempre a descer, descida muito técnica, sempre a acompanhar as linhas de água, até ao Santuário da Nossa Senhora da Piedade de Tábuas, abastecimento 3.


 Até ao próximo, no Posto de Vigia, Parque Eólico, forma cerca de 8km, sempre a subir, começando pelas escadarias e depois trepar aquelas rochas... Passagem obrigatória pela cascata dos Abutres e da aldeia abandonada, Cadaval, chegados ao cimo, como sempre faz um frio de rachar.
Mais uma vez como estamos num dos pontos mais altos, para continuarmos, vamos descer de novo, por excelentes single tracks e trilhos técnicos, até ao sopé do Penedo dos Corvos, para depois o subirmos, estamos perto do 5º. abastecimento, na aldeia do Gondramaz.

 Daqui e até à aldeia de Espinho, onde estava montado o último abastecimento, foi sempre junto à ribeira de espinho, ora de um lado da margem, ora do outro, subir a encosta e descer, atravessar pontes... lama água, escorregadelas e assim foi depois até ao final... 
Mas sem antes de chegar à meta, ter aproveitado um tratamento para a pele, vale sempre a pena, meto pé num local que era só lama e enterrei-me até à cintura, meto as mãos para me apoiar, também se enterraram até a cara chegar à lama, virei a cabeça e desse lado, ficou toda enlameada, olhos, nariz e boca...
E assim foi mais esta aventura, que cada vez me custam mais a fazer...
 Terminei com menos 5 minutos que o ano anterior, mas nada se compara ao ano anterior...
Após 06:40', entrei no mercado, tendo ficado em 5º. do meu escalão e em 74 da geral... não me lembro de ter feito uma prova de trail e ter ficado tão longe dos primeiros... 
Mas consegui terminar.
Veja aqui as classificações

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Trail Centro Vicentino da Serra Delta/Cafés - Portalegre

Foi no passado dia 10 de janeiro que se realizou, mais uma grande festa do trail nacional, onde todos os melhores estavam presentes e a organização esteve bem à altura para os receber e a todos os outros...
Mercado Municipal, local onde estava instalado o secretariado, entrega de dorsais e toda a logística, briefing e local das chegadas das provas...
Organização a cargo do Centro Vicentino da Serra de Portalegre, com o apoio da Câmara Municipal e Uniões das Freguesias de Sé e S. Lourenço, Ribeira de Niza e Carreiras e Reguengo e S. Julião, tudo fez para proporcionar um grande evento de trail, dos melhores, onde tudo esteve à altura, desde a entrega dos dorsais, logo pela manhã e até à refeição oferecida pela organização, já ao início da noite para muitos.
Tendo como padrinhos os simpáticos atletas, Susana Simões e Telmo.
Do evento fazem parte quatro provas, duas delas competitivas - Trail Longo, 42k com 1600m positivos e Trail Curto 21k, uma prova para as crianças iniciação trail e ainda uma caminhada.
Tudo marcado para se iniciar a prova pelas 09:00, já cá fora do edifício e assim se iniciou mais uma grande prova, Serra de S. Mamede, com todos os condimentos necessários para ser uma grande prova, com grandes subidas e descidas, muitos trilhos técnicos com muita lama e uma ribeira que atravessamos uma parga de vezes para lá e para cá, com muita agua, pelos joelhos, algumas quedas uma delas para o meio do pego, dia muito cinzento e algum (muito) frio nas zonas mais altas, numa delas penso que até nevou, se não era neve era granizo e vento gelado... Nós ainda andávamos a correr, mas o pessoal que se encontrava nesses locais  a dar apoio, isso é que foi rapar frio.
Após ser dado o sinal de partida, seguimos alguns metros pelo interior da cidade e entramos na EP da GNR, passagem pelo interior dos claustros e saída para os trilhos, logo a começar bem, com uma boa subida...
Em direção à Fonte dos Amores, para seguirmos até ao 1º. abastecimento no Reguengo aos 8km, até aqui tudo a correr bem, com poucas forças, mas ainda dava para ir correndo alguma coisa, terreno muito pesado, com muita lama e escorregadio mas mesmo assim com bons trilhos para correr, no meio do olival.
Seguir até ao próximo abastecimento km15, nas antenas eólicas, sempre a subir, para depois  vir uma zona menos agressiva, descida, descer tal como gosto, desde que os joelhos me deixem, aqui ainda tudo a rolar na perfeição, trilhos junto à margem da ribeira, até que, tinha que acontecer, queda na mascara e charco, grande queda para dentro da ribeira, tive alguma dificuldade em sair, visto que fiquei com os pés na ribanceira e o corpo dentro do pego, lá sai, sacudi as mãos e tirei a lama dos joelhos, alguns arranhões e picos, e lá continuei, mas há medida que o tempo ia passando e os kms, mais dificuldades tinha, consegui chegar ao próximo abastecimento, onde comi qualquer coisa e pus-me a andar... Pois vinha aí a maior subida do desafio e foi nessa zona bem lá em cima que estava um frio de rachar...

Vento, muito frio, granizo e a chover ou a nevar, não se podia estar por ali e como depois de se subir, temos que descer lá vim por ai abaixo, já com alguma dificuldade, devido às muitas dores nos joelhos e com o tempo frio e húmido ainda pior, vai-se fazendo notar a velhice...A idade não perdoa.
Abastecimento ao km 29, em S. Bento, a partir daqui então é que foi, arrastar-me e tentar terminar, muitas dores nas pernas e muito cansado, não conseguia correr, principalmente nas subidas e depois havia aquele atravessar da ribeira de Niza, ora para lá ora para cá e assim foi  até entrar pela porta do mercado, onde estava instalada a meta e eu pensava que já tinha terminado cá fora...
Percurso espetacular mas de grande dificuldade tecnica devido ao terreno e às condições meteorológicas, durante a semana antes da prova e do próprio dia, muita água mesmo, fez-me lembrar um pouco a edição de 2015 dos Abutres... Ambas grandes provas e com excelentes organizações.


Marcações muito boas, impossível perdermo-nos e alguma diversão ao longo do percurso, para animar os menos corajosos, excelentes abastecimentos, por norma não paro para ver o que há... Alguns apoiantes ao longo do percurso, especialmente na zona dos abastecimentos... e bombeiros para o caso de alguém necessitar de ajuda.


Mais uma prova que merece a nossa presença em 2017, isto se ainda conseguir caminhar.
Tinha estado presente na 1ª edição em 2014 e gostei por isso em 2016 voltei.
Consegui terminar, com um tempo modesto, foram 05.01', tendo ficado na 43ª. posição e 5 do escalão M/50.
A minha Paixão também andou a passear por estes sítios e conseguiu terminar com o tempo de 06.34', tendo ficado em 225 e 2ª. do escalão F/45. Parabens, grande resultado.

Vejam aqui os resultados...