segunda-feira, 28 de março de 2016

Apalache Trail - Pinhal Total

Trilho dos Apalaches - Oleiros
"Os Apalaches são uma cordilheira da América do Norte estendendo-se da Terra Nova e Labrador, no Canadá, ao Estado do Alabama, no Sudoeste dos Estados Unidos, apesar de a sua parte mais setentrional acabar na Península de Gaspé, do Quebec - Canadá.
Recentemente, foi inaugurado em Estreito, Oleiros (Portugal), mais um trilho dos Apalaches. É a GR 38 - Muradal - Pangea"

- No passado dia 20 de março/2016, às 08H00 e 10H00, realizou-se em Oleiros o trail denominado "Apalache Trail Pinhal Total", na distância de 62km e 2420 D+ , uma parte do percurso, utiliza o trilho dos apalaches o GR38, o trail com 25km e ainda um passeio pedestre (caminhada) 10km.
Organizado pela Associação Pinhal Total e com os apoios da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia de Oleiros/Amieira, Orvalho, Cambas e de Estreito/Vilar Barroco e ainda dos BV de Oleiros.
Com o início marcado para as 08H00, obrigatoriamente a saída de casa teria que ser cedo, pelas 05:00, em direção a Oleiros, chegada ao destino, por volta das 07:15, manhã  fresca, sem chuva durante a viagem, mas quando chegado a Oleiros começou a chover, para parar só mais tarde, já a prova decorria.
Dirigi-me ao secretariado para proceder ao levantamento do dorsal e regressar ao carro, para acabar de equipar e como estava na hora do controlo 0, lá fui até à zona da partida, após um pequeno briefing, a alertar aos perigos devido à chuva, zonas de pedras pontes em madeira muito escorregadias, lama, entre outros obstáculos naturais
E tal como estava previsto, pelas 08:00, ao som de uma sirene lá partimos os poucos, que se predispuseram para esta aventura.
Parte inicial, o guia adormeceu e em vez de seguirmos pelo principio, estavamos a seguir as marcações finais, com isto fizemos um 1km, para lá e outro depois para recomeçarmos, a partir daí tudo bem, era só seguir as fitas, percurso habitual, no interior da povoação, alcatrão e depois entrar na zona rural, por estradões.
Prova longa, diz-me a experiência, para fazer nas calmas, não adormecer, mas com calma, saída de 3 atletas mais apressados, mas passado 2 ou 3 kms, já me tinha juntado a eles, tendo seguido um outro, até que por volta dos 9kms me juntei a ele e a partir daí fomos na companhia um do outro, até ao km 32, abastecimento situado no Miradouro Muradal (estreito), tirei metade de uma sandes e abasteci de coca cola e água e uma banana e segui, o meu companheiro já tinha saído do abastecimento, pensei que tivesse seguido e arranquei também, mas nessa altura, vi que ele estava agachado, provavelmente com vomitos, como estava junto ao abastecimento segui, sempre a pensar que me apanharia, visto que nessa parte do percurso ser uma subida muito acentuada e o trilho muito acidentado, lá fui eu comendo a sandes e a banana e seguindo.
E a partir daqui e até ao fim fui sempre sozinho, eu o trilho e tudo aquilo em que pensamos durante horas e horas em que vamos a correr...
Por volta dos 35km estava um grupo de escaladores, acho que se estavam a preparar para iniciar uma escala, visto nesse local existir, uma rocha bem alta, tipo uma parede, nesse local, viramos à esquerda e continuar a subir, até ao marco geodésico.
Depois dos 40 e ainda faltavam 22, já com menos subidas, algumas rampas pequenas, por estradões e veredas e nunca chegava aquela junto à ribeira, a que nos acompanha até quase ao fim, à entrada de Oleiros e ali estava eu, de novo, onde andamos ao início, enganados e a meta era já ali, atravessar a estrada nacional, virar logo ali à esquerda e subir os degraus até ao cimo, estou no atrio da igreja e descobrir o caminho até à meta, não foi fácil, consegui terminar e em 1º. com o tempo de 07.26', seguido de Miguel Sousa e Sérgio Correia.
A foto da praxe... 
As marcações, por vezes, não eram muito visíveis, longe uma das outras e vamos sempre com algum receio de nos perdermos, no geral o percurso bem marcado, até nos habituarmos às fitas.
Abastecimentos muito bons, com gente simpática a dar apoio, sempre preocupados se estava tudo bem...
E o melhor estava reservado para a parte final, banho na piscina, espectáculo, água quentinha e só para mim, depois de estar de molho algum tempo, tomou-se um bom banho e vamos para a parte melhor, o almoço, no restaurante, sopa, cabrito, e outros pratos à escolha, chanfana, arroz de pato, coxas de frango e mais, era comer o que apetecesse, sobremesas variadas, doces fruta a maçã assada estava uma delicia com um pouco de mel por cima era comer e chorar por mais, isto tudo, muito bem serviço por pessoas muito simpáticas. Obrigado por tudo. E no final o café.
Entrega de prémios no interior do restaurante, visto que chovia muito lá fora e assim se passou um dia agradável...
Isto tudo por 16€.
Veja aqui as classificações

quinta-feira, 24 de março de 2016

II - Trail Cidade de Estremoz


..."Cidade portuguesa do distrito de Évora com cerca 9 000 habitantes.
É conhecida internacionalmente pelas suas jazidas de mármore branco, o chamado marmore de Estremoz, a sua exploração tem uma origem muito antiga, como o comprova o Templo Romano de Évora, que contém marmore originario de Estemoz.
Foi-lhe concedida a distinção de "Notável Vila", atribuída pelos reis de Portugal e foi elevada a cidade em 1926"...
- Foi no passado fim de semana, dia 13 março, que se realizou o II Trail da Cidade de Estremoz, nas distâncias de 17 e 30 k e ainda uma caminhada, organizado pelo COAAL - Clube de Orientação do Alto Alentejo, com os apoios da Camara Municipal e União de Freguesias de Estremoz.
Partida na Serra d'ossa, pelas 08H45, os 30k e 09H30 os 17k e chegadas em frente ao Convento dos Congregados, meta, local onde estava instalada toda a logística da prova, secretariado, abastecimento final e entrega de prémio.
O transporte dos atletas, para o local do inicio da prova ficou a cargo da organização.
- À hora prevista, mais minutos, menos minutos, lá estavam os cerca de 150 amantes do trail ou da corrida, à espera que fosse dado o sinal de partida, na Serra d'Ossa, junto aos escritórios da Portucel, no sentido Estremoz - Redondo.
- Parte inicial, 1º. Km zona plana, para depois se ir subindo, pelo interior de um eucaliptal, até ao ponto mais alto da prova, 650m de altitude, durante cerca de 5 kms, mas foi dando sempre para correr,a descida que se seguia, também um pouco íngreme, daquelas que fazem moça nas pernas e pés, para depois aos 8km, subirmos mais um pouco e de novo a descer, era um sobe e desce, passagem pelo 2º. abastecimento aos 12kms, ganhar coragem para a subida que aí vem, a mais difícil, ainda se fez um pouco a correr, um quarto, mas era de tal maneira inclinada que até a caminhar era difícil... 

 
 


foram cerca de 1.000m sempre de costas curvadas, dos 350m aos 600, grande rampa.
Como depois das subidas, vêm as descidas e estávamos lá bem em cima, continuamos por estradões, no meio do mato, estevas da nossa altura e a descer, mais uma passagem pela próximo abastecimento, beber um pouco de coca cola, muito gosto eu deste bebida e faz-me sentir bem, agarrar em metade de uma banana e continuar, a seguir entramos num pequeno trilho, de fácil progressão e até ao fim, já sem grandes subidas, foi gerir o esforço para a parte final dar mais um pouco, mas não foi necessário, porque quando faltavam uns 5 kms, pensava eu que ainda faltavam para aí uns 15, e quando passava pelos atletas do trail curto, diziam “força já falta pouco”, mas nunca pensei que fosse tão pouco, isto de não levar relógio, parece que nos falta qualquer coisa de importante, passagem pelas pedreiras, zona de estradões e a meta já estava quase, este ano não tivemos o brinde de subir a encosta do castelo, como na edição anterior.
 Percurso melhor que o anterior, bons abastecimento, boas marcações e boa Organização.
 Parabens, eu como Alentejano que sou, espero para o ano poder estar presente em mais uma edição, no nosso Alentejo, com o cheiro a estevas e a rosmaninho.
O abastecimento junto à meta 5 estrelas, assim como todo o resto...


Banhos nas piscinas municipais e o almoço no Reg. de Cavalaria nº. 3.
Entrega de prémios em frente ao edificio da Camara Municipal. O grande vencedor foi, Ezequiel Lobo, grande atleta e amigo, com o tempo de 02.35', seguido de Tiago Valério e Luís Alegrias, a 1 e 3 minutos de diferença respetivamente...
Eu consegui terminar com o tempo de 02.52', tendo ficado na 6ª. posição da geral e 1º. do escalão M/50...

 A minha paixão, desta vez, foi só para dar apoio... também é necessário e sempre bom estar alguém querido à nossa espera...
Veja aqui as classificações de ambas as provas.



domingo, 6 de março de 2016

Trail de Conimbriga Terras do Sicó

II - Edição do Ultra Trail do Sicó - 111km

- Foi no passado fim semana que se realizou mais uma edição do Trail de Conimbriga - Terras do Sicó, a VII, composta por quatro provas: - 15, 25, 50 e os 111kms. Uma das provas que mais gosto e estive presente em todas as edições anteriores, a deste ano não correu lá muito bem, mas para o ano há mais...
A prova dos 111 com inicio marcado para as 00 horas do dia 27 de fevereiro, ou seja, à meia noite de sexta feira, dia 26...
- Era esse o fim de semana que os serviços de meteorologia alertavam para mau tempo, ventos fortes, chuva, granizo, muito frio e queda de neve a partir dos 300m e foi isso tudo que aconteceu nessas 4 horas que eu andei por estes caminhos...
Chegada cedo ao local onde estava montado todo o cenário, para acolher os atletas das referidas provas, Praça da Republica em Condeixa, junto à Câmara Municipal, local das partidas e chegadas.
Levantamento dos dorsais, na Casa do Povo e descansar um pouco dentro do carro, porque a noite ia ser longa... 
Por alguns instantes a chuva deu tréguas, até cheguei a pensar que íamos ter sorte, mas foi pura ilusão, porque meia hora antes do início começou de novo a chover para mais não parar...
E tal como previsto às 00horas, foi dado o sinal de partida para estes corajosos, que mesmo debaixo de chuva, tiveram a coragem de estar presentes, para enfrentar essas adversidades do tempo e da própria prova...
Parte inicial, a volta do costume, pelo interior das ruínas de Conimbriga, até tudo bem, estradão sem muita água e com boa iluminação... a partir daqui é foram elas, mas mesmo assim e até ao abastecimento no Castelo de Penela, ainda consegui ir mais ou menos quente, excepto as mãos, já sem sensibilidade para segurar alguma coisa para comer... foi pegar num bocado de banana, descascá-la com a boca e partir para o próximo e foi a partir daqui que tudo se complicou, muita água pelos trilhos, nas decidas tornavam-se muito perigosos, muita lama e escorregadios, o pior ponto foi no alto, onde estava o marco geodesico, muito vento, chuva, frio e neve... já corria e soprava para as maos, mas não aqueciam na mesma, estava gelado.
Cheguei ao abastecimento, comi uma sopa estava todo a tremer de frio e optei por ficar por ali, já lá estavam alguns amigos que também optaram por ficar.
Fui para a ambulância, deram-me soro quente e fiz a viagem de regresso  de ambulancia, na companhia do Sr. Enfermeiro e da Senhora bombeira. Pra eles os meus agradecimentos, por tudo o que fizeram por mim. 
Parabens à grande Organização Mundo da Corrida e em especial ao Fernando Fonseca 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Trilhos do Castelejo



Foi no dia 21 de fevereiro que se realizou a VII Edição dos Trilhos dos Castelejos, em Alvados, organizada pelo Centro de BTT de Alvados, na distância de 30kms e a contar para o Circuito do Calcário.
A novidade da prova foi mesmo só a distancia, nas edições anteriores a prova principal tinha entre os 42 k e os 45k, este ano reduzida, não faço ideia o porquê, talvez por fazer parte do Circuito e serem assim as regras.
De resto tudo igual aos anos anteriores, com um bom percurso, pelas encostas da Serra dos Candeeiros e da Serra de A'ires, foram 30 kms, por trilhos e veredas, com muita pedra, boas subidas e descidas.
No último terço da prova tivemos direito à passagem pelo interior das Grutas de Stº. António e Alvados, mas sem direito a guia.
O cuidado aqui teve que ser redobrado, devido à mudança brusca da claridade, luz no exterior para o escuro, no interior, até nos adaptamos ao escuro, ainda temos que ir às apalpadelas um bocado, por causa dos degraus... e evitar as quedas.
E pelas 09:00, lá foi dada a foguetada para o início da prova, sinal de partida arrebentamento do foguete, na companhia de grandes atletas e amigos.
 
Parte inicial em estradão para depois passados 2 ou 3 kms entrarmos na chamada zona de trilhos, passagem pelo vale das pedras e subir um bom bocado, lá no alto, virar à esquerda a descer por um dos melhores trilhos ali existente, para depois seguir pela encosta da baleia, sempre a subir, uma subida não muito acentuada, mas comprida, mas não o suficiente, porque era para descer e eu mais dois ou três continuamos em frente e havia que voltar para trás e descer, descida perigosa, muitas pedras soltas a castigar imenso os pés e os joelhos, cá em baixo estava montado um abastecimento, km 12.
 Hidratar um pouco e continuar, por outro dos trilhos já conhecidos, percurso como gosto, tentar gerir o esforço e guardar algumas forças para a próxima subida que aí vem e não é pêra doce, sempre a correr, devagar e estava junto às grutas de Stº. António, aqui é que foi dificil a adaptação ao escuro, perguntava se haviam degraus e ter muito cuidado, não dá muito para apreciar a paisagem, mas sempre se vê alguma coisa... de repente surge um clarão, foi o fotografo a tirar uma foto e como não estava à espera, é claro que me assustei e por isso esta cara...

 Depois de sair, reconheci aquela pequena reta, onde estava instalada a meta da outrora, corrida dos 17kms de Porto de Mós, boas recordações dessa prova... é pena ter acabado.
Sair desta e fazer mais uns kms, por cima de mais calhaus, fazia-me lembrar as cabras a saltar e estamos de novo perto das grutas de Alvados, mais uma entrada, estas já com um pouco de mais claridade e tornar a sair, os kms iam passando e a cerca do último km, uma surpresa, como ainda não tínhamos molhado os pés, então estava à nossa espera uma grande poça de água...
E assim se concluiu mais uma aventura, tendo terminado na 8ª. posição da geral e 2º. do meu escalão, na companhia de dois grandes atletas, João Ginja e Paulo Correia, estes velhotes ainda vão correndo muito.
 
 Veja aqui os resultados e fotos no facebock