sexta-feira, 20 de março de 2015

Campeonato Nacional de Corta Mato Longo - Almeirim

                     
A festa do atletismo mudou-se para Almeirim, no passado domingo 15 de março, com a realização do Corta Mato Longo - Nacional, onde estiveram presentes a Elite nacional, nesta especialidade, femininos e masculinos, a representarem os seus clubes, Sporting C.P., S.L.Benfica, MAC, entre outros e os 20KM de Almeirim.
 
Eu a Sara e o Pedro Ribeiro, seu treinador e marido...
Todos de topo, como Sara Moreira, Dulce Félix, Vanessa Fernandes, Leonor Carneiro... Sandra Teixeira, entre outras, vê-las correr até faz arrepios, grandes campeãs... Rui Pinto, Licinio Pimentel, Hermano Ferreira, Pedro Ribeiro, Rui Pedro Silva e outros... todos eles grandes atletas.
Para mim foi um grande orgulho, estar na zona de partida com todos eles e poder participar numa prova na sua companhia, coisa impensável há algum tempo atrás, vê-los só na TV...
E a festa começou, às 10H00, com a prova dos mais novos, os Juvenis, femininos 4kms e masculinos 5 kms, onde estava o Kiko, Rafael, Zé e o João, a representarem o nosso clube de atletismo, 20km Almeirim
 Seguidamente os Juniores às 10H50, distâncias de 6kms as meninas e os meninos 8kms.

- Às 11H50, foi dada a partida da elite feminina, na distância de 8kms, com alguma luta entre a Sara e a Dulce, durante toda a prova, cabendo a vitória à atleta do Benfica, com o tempo de 25.21, seguida pela atleta do Sporting, ficando esta a excassos 13 segundos, seguida da Catarina Ribeiro.
 
À medida que se aproximava a hora de eu participar, mais aquele nevoso miudinho ia aumentado, com algum receio, por estar junto dos melhos e de não conseguir terminar ou correr mal, muita ansiedade, sempre com vontade de fazer omelhor.
E assim foi, às 12H40, como previsto lá foi dado o sinal de partida, a partir daqui, nem nervos nem nada, esquecemos tudo, só nos concetramos naquilo, correr, tentar fazer o melhor e conseguir terminar, foram seis voltas de 2 kms, a primeira foi complicado, pareciam galgos a correr, passavam com um spide, só mesmo a vista os alcançava, fui tentando entrar no meu ritmo, para não estoirar e assim, me fui mantendo até ao final.
Não estou habituado a este tipo de provas, mas foi uma experiência muito agradável, custou-me muito mas consegui terminar, gostava de ter conseguido fazer melhor, dei o máximo, para ajudar a minha equipa, mas não fui capaz.
Fiz os 12 kms em 45.10, fiquei na posição 92, terminamos cerca de 130.

O Benfica sagrou-se campeão em absolutos femininos e masculinos, seguido do Sporting C.P. e do MAC.
Veja aqui os resultados e algumas fotos da autoria atletismo almeirim

domingo, 15 de março de 2015

Trail Running Estremoz

Mais um fim de semana, mais um passeio pelo nosso Portugal, desta vez até ao meu Alentejo, cidade de Estremoz, onde só tinha ido, ainda quando era puto e artista da bola, para dar uns pontapés.
..."Cidade portuguesa do distrito de Évora com cerca 9 000 habitantes.
É conhecida internacionalmente pelas suas jazidas de mármore branco, o chamado marmore de Estremoz, a sua exploração tem uma origem muito antiga, como o comprova o Templo Romano de Évora, que contém marmore originario de Estemoz.
Foi-lhe concedida a distinção de "Notável Vila", atribuída pelos reis de Portugal e foi elevada a cidade em 1926"...
- Desta vez fui correr e tive o prazer de ver e conhecer, um pouco mais desta bela cidade e também da zona rural por onde andei perdido pelos trilhos, durante 2:30, gostei especialmente do Castelo e espero voltar numa próxima edição.
Foi, em 8 de março, data importante, por ser o "Dia da Mulher", que se realizou o I Trail Running da cidade de Estremoz, organizado pelo Clube de Orientação do Alto Alentejo (COAAL), nas distâncias de 30 e 15 kms, provas competitivas e ainda uma caminhada, organizada pela Câmara Municipal.
O horário da partida das duas provas, atrasou cerca de 20 minutos, devido à entrega dos dorsais, eram 9 horas e ainda havia pessoas na fila para levantar os mesmos.
Cerca de 500 atletas divididos pelas 2 provas, lá foi dado o sinal de partida pelo padrinho da prova o Sr.Joaquim Adelino, em frente à Câmara Municipal no Rossio.
Parte inicial da prova em estrada dentro da cidade, para depois entrarmos por terrenos circundantes, da cidade e Serra D'Ossa, passagem por pedreiras, pelo interior de um ribeiro, com a água bem fria, até à  cintura, foram cerca de 50 m.

Alguns estradões e trilhos técnicos, com pequenas subidas e descidas, mas agradáveis para se correr, paisagem diferente daquela que nós estamos habituados, os eucaliptos e os pinheiros, deram lugar aos sobreiros e azinheiras, algum mato, estevas com o seu cheiro característico.
Percurso bem marcado, com vários abastecimentos e algum apoio ao longo do percurso, dia quente, primaveril.
Na prova dos 30 kms, terminaram a prova 165 participantes e na de 15 kms, 317.
Eu consegui terminar os 30 kms com o tempo de 02.34', tendo ficado na 12ª. posição da geral e 1º. do escalão M/50. Teste após aos 115 kms da semana anterior... Não foi mau de todo.
A minha paixão como sempre, acompanhou-me e também participou nos 30 kms, tendo-se classificado na 5ª. posição da geral e 1ª. do seu escalão F/45, com 03.29'.

Eu e a minha paixão... após a chegada dela...
Segui-se o almoço no quartel, em boa companhia, companhia de alguns amigos, que têm alguma paciência para me aturarem...
Veja aqui as classificações

quinta-feira, 12 de março de 2015

VI-Trail de Conimbriga 2015



Realizou-se no passado sábado, dia 28 de Fevereiro, com início às 00H00, sexta feira à noite, e 1 de março, a VI Edição do Trail de Conimbriga Terras de Sicó, em Condeixa a Nova, nas distâncias de 111 kms (115), 65 kms e 25 kms, provas competitivas e ainda uma caminhada de 17kms.

- Organização a cargo da Associação Desportiva “OMundodaCorrida”, com o apoio da Câmara Municipal de Condeixa a Nova e das Juntas de Freguesia do concelho.

No meu caso, a prova em que participei, iniciou às 00H00, 111 kms que se estenderam até aos 115…

-Preparativos bem cedo, durante o dia que antecedia o início da prova, descansar um pouco mais que o habitual e preparar o material para me acompanhar, durante a noite e alguma parte do outro dia. Arranjar sacos para deixar nos locais de base de vida aos 50, novamente em Condeixa, no pavilhão e aos 93 em Tapeus.

Como o tempo não para e passa depressa, chegou a hora de iniciar a viagem até Condeixa a Nova, duas horas de viagem e chegado ao destino, por volta das 21:00, tal como o estipulado.

Levantamento do dorsal, no secretariado da prova, dar uma volta pela zona de partida, Praça da República, rever alguns amigos, um pouco de conversa, o costume, dar uma espreitadela pelas tendas dos artigos de desporto e ir para onde estava instalado, no pavilhão municipal para equipar e fazer a distribuição dos sacos para as base de vida 1 e 2.


Locar da partida, já bem composta, por atletas e seus familiares e algumas pessoas da terra, controlo 0: - verificação de material e entrada na zona de partida, algumas fotos da praxe com os amigos, para mais tarde recordarem. Agora era esperar que chegasse a hora para o início desta, mais uma, grande aventura.
Finalmente chegou a hora da contagem decrescente, o grande ultramaratonista, João Colaço, já com o revolver na mão, preparado para o disparo, mas, chegado o momento, o revolver decidiu não deflagrar a bala, pelo que não houve o som do disparo, mas partimos da mesma, para esta aventura por terras do Sicó… pela noite dentro e manhã…

Inicio com uma volta pelo interior da localidade, até entrarmos nas ruínas de Conímbriga e progredir por estradas de terra, com alguma lama à mistura, passado pouco tempo tivemos a companhia da chuva, aquela chuvinha miudinha (molha tolos) e bem tolos, que nos acompanhou pela noite dentro e durante o dia…
Noite escura, com a chuva e algum nevoeiro, frontal com pouca luz, nem sei bem por onde andava, andava ali, ia atrás dos outros, aquilo que as pernas deixavam.

Passagem pelo 1º. posto de controle aos 10kms, Poço, seguir e atingir o 2º. aos 16, Zambujal, onde tinha a minha Paixão à espera que eu passasse, para dar uma forcinha e desejar boa sorte, o meu obrigado, por estar ali àquelas horas a apoiar-me… sei que foi difícil para ela, não estar a participar.

Continuar porque ainda era cedo para descansar e lá ia indo em direção a Penela, onde se encontrava o 3º. PAC, junto ao Castelo, mas antes, descrevo-o tal como o vi nessa altura, continuava a chuva e o nevoeiro, mais parecia uma imagem de um postal, via-se só a parte superior, a que estava mais iluminada, até parecia que estava suspenso no ar… “imagem muito bonita”, mas para lá chegar, ainda tinha que subir umas escadas. As pernas já começavam a pesar, passagem pelo mesmo, com muita gente na zona do abastecimento, à espera dos familiares que iam passando.

Próximo PAC aos 40 kms em Beiçudo, mas antes disso uma surpresa, por volta dos 32, 33, um abastecimento inesperado, seguir a indicação das marcações e passar pelo interior de um café, qual o espanto quando deparei com uma grande mesa bem composta de tudo, bebidas, bolos, queijos, nada faltava, mais parecia uma mesa de um casamento e em volta, muita gente simpática a aplaudir, entrei e meio espantado, perguntei se me tinha enganado, mas não, estavam mesmo à espera dos atletas que iam passando, para os mesmos poderem aquecer um pouco o estômago, com algumas daquelas iguarias e darem algum ânimo, apoio e um pouco de carinho, pela noite fora aos mesmos que iam passando, pois a mesma ia ser longa…

Sem perder muito tempo, lá fui indo, aos poucos, progressão lenta atingindo, assim o PAC. Pequena pausa, comer alguma coisa, duas ou três fatias de presunto, pão e um copo de coca-cola. Muita gente em volta da mesa do abastecimento e estava na hora de sair, para dar lugar aos outros.

Mais uns kms, em direção a Condeixa, com alguns companheiros que iam passando, mas tive sempre como companhia as marcações do percurso, aquela luzinha nas fitas quando se apontava para lá a luz do frontal, e assim me ia distraindo para ajudar a passar o tempo, mais à frente foi necessário trocar de frontal, desta vez, optei por levar outro, para não estar a mudar as pilhas.

Entrada na vila, em direção ao pavilhão, no interior do mesmo, estava instalada a Base de Vida 1, para quem quisesse mudar de roupa, ou descansar um pouco. Na escola, logo ali ao lado, o abastecimento, dos supostos, 50 kms… na companhia da minha Paixão que me acompanhou até aquele, bebi um café e comi uma broa e continuei.

Quase metade já estava, eram cerca de 05:30., só faltava a outra metade e mais 1h30m para começar a clarear o dia, mas com esta chuva e nevoeiro ia ser difícil, em alguns locais, o nevoeiro era mesmo muito e o frio apertava, os meus joelhos bem o sentiram e na parte final, a última descida já foi quase sempre a caminhar… tenho que arranjar uns joelhos novos…

Saída da escola, passagem novamente pelas ruínas, para depois entrarmos numa da zonas mais técnicas do percurso, junto a um ribeiro, onde tínhamos que descer com algum cuidado, iluminação com umas tochas e candeias, mas sempre bem apoiados pelos bombeiros.

Passagem novamente no abastecimento – Poço, onde tinha sido o 1º., curta paragem e seguir viagem, aqui já se iam ouvindo os galos a cantar, sinal que o dia estava quase a nascer, mas com pouca vontade, continuava a chuviscar e algum nevoeiro, esta zona, já conhecida das edições anteriores, seguiu-se um trilho bom para correr, tipo pista de BTT, zona de alguma vegetação e descer até a uma quinta, onde estava instalado o 7º. PAC – Rabaçal aos 64 Kms.
Como sempre, sem perder muito tempo, porque prá frente é que é o caminho, lá fui seguindo conforme conseguia, à frente esperava-nos uma das subidas, aquela que atingia o ponto mais elevado, foi feita de gatas, escorregava bastante, ainda foram cerca de 5 kms a subir.
Depois de subirmos tudo, há que descer e foi o que aconteceu, descer com passagem pelo 8º. PAC em Degracias, ao 74 km, aqui bebi um chá, morno, comer, já não era capaz e seguir até ao próximo abastecimento em Poios o 9º. PAC, 83 km, onde estava o meu amigo Soeiro de Brito.
Mas antes, perto dos 81 kms havia um trilho espetacular, por meio das arvores, todo tapado por cima e nas laterais, muito bom mesmo.

Daqui seguia-se para o PAC 10 – Base de Vida 2, em Pateus, ao 93 km, foi aqui que consegui a desejada cerveja, da noitada de copos, e comi um pouco de leitão e pão…

Ficava ali mais um bom bocado, a descansar, mas como tinha uma pessoa à minha espera, no local da meta, tive que continuar.

Lá fui, umas vezes a correr outras a caminhar, naquele ribeiro, de trilhos técnicos e perigosos, devido à muita lama e pedras, tornava-se muito escorregadio, em edições anteriores, fazia-se a descer, este ano fui a subir… e de Tapéus até Casmilo, último dos PAC, aos 100, foi praticamente sempre a subir, cerca de 7 kms a doer, mas nas descidas ainda doía mais e assim aos poucos e poucos, ia-me aproximando do objetivo proposto, chegar ao fim, se possível abaixo das 17horas.

Deste último, até à meta, percurso já familiar, aquela subida, sempre difícil, até à capela e depois a decida, técnica como eu gosto, mas não dava mais para correr.

Ao chegar junto da via rápida, pensei que já estava perto da meta, mas engano o meu, ainda faltavam uns 5 kms, mas não podia desanimar, quem chegou aqui também consegue ir mais uma pouco, bora prá frente.

O relógio aqui já tinha morrido, há algum tempo, só dá para cerca de 12 horas e nessa altura ia com os 100 quase completos…

E assim, consegui terminar mais esta grande aventura (grande para mim), por terras do Sicó, em “noitada de copos II” a Saga segue dentro de um mês…
Terminei com os objetivos concluídos: 1º. terminar, 2º. abaixo das 17horas…

22º. da geral com o tempo de 14.29’. a contar para o Circuito Nacional de Trail Ultra Endurance.

Afinal, pensava eu que tinha alguém na meta à minha espera, puro engano, esse alguém andava no meio da serra, eu acabadinho de chegar todo roto, sem forças, recebo um telefonema dessa pessoa, “Vem me buscar, estou aqui na serra…”

Quanto à organização, como sempre está de parabéns, muitos abastecimentos com tudo o que é necessário, para os atletas, vários locais com sopa, quentinha café e chá, nada a apontar.

Em relação às marcações, não estavam más, às vezes pecavam por estarem longe uma das outras.

Quanto à assistência e apoio muito boa, com várias ambulâncias e muitos bombeiros presentes, nos cruzamentos e mesmo nos troços mais difíceis e perigosos do percurso.

Veja aqui as classificações